quinta-feira, 8 de abril de 2010

Não consigo ficar indiferente

Desde que sei falar a mãe ensinou-me a antes de ir para a cama ajoelhar, entrelaçar os dedos e a rezar "Santo Anjo do Senhor meu zeloso guardador já que a ti me confiou a piedade Divina, hoje e sempre me governa,rege, guarda e ilumina." e depois agradecer, ter uma caminha quentinha, a barriguinha aconchegada, ter o papá e a mamã para cuidarem de mim.
Passados 27 anos, não dispenso o ritual, mas hoje com uma consciência diferente (muito diferente), e as lágrimas não deixam de rolar pelo meu rosto.

-Quando agradeço a caminha quente, cheirosa peço pelos sem abrigo(principalmente velhinho e crianças) que dormem ao frio, num pedaço de chão sujo e duro.

-Quando agradeço a comida que não faltou na minha mesa, peço por todos aqueles que não tiveram o que comer ou beber (e não estou a falar do supérfulo, mas do essencial).

-Quando agradeço pela minha família, peço por aqueles que têm os familiares presos ou nos hospitais, ou já não os têm perto deles nesta vida.

E o que podemos fazer por estas pessoas?...tão mas tão pouco!

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